Os autores apresentam um caso de um homem de 36 anos, anteriormente saudável, com um historial de 3 dias de queda espontânea completa da extremidade inferior direita do pé. Ele notou os sintomas imediatamente quando tentou ficar de pé depois de acordar do sono. O paciente não tinha antecedentes de sintomas semelhantes, traumas recentes, ou doença do nervo periférico. O exame físico mostrou uma marcha do pé com palmada, dormência completa da perna lateral e pé dorsal, e força 0/5 com dorsiflexão no tornozelo e grande dorso do dedo do pé e eversão do tornozelo. Os estudos laboratoriais com soro mostraram valores normais. Estudos de condução nervosa confirmaram um aumento da latência e uma diminuição da amplitude do nervo peroneal direito no joelho, enquanto que a electromiografia mostrou uma denervação da tibialis anterior e do digitorum brevis extensor. As radiografias anteroposterior e lateral mostraram um joelho direito normal, com excepção de uma exostose posterior do pescoço fibular. Foi prescrita fisioterapia, uma órtese de tornozelo, e um curso de 5 dias de erupção de prednisona oral (50 mg). Após 1 mês de terapia sem resolução, o paciente foi submetido a libertação cirúrgica do nervo peroneal comum e excisão da proeminência óssea. Doze dias de pós-operatório, o doente não teve melhorias sensoriais, mas melhorou os resultados do exame motor. Três meses de pós-operatório, o paciente teve uma sensação quase normal de leve toque nos nervos peroneais superficiais e profundos, com 5/5 de força e uma marcha normal. O paciente regressou a toda a actividade sem limitações. Os autores apresentam este caso único descrevendo uma fonte fibro-óssea de neuropatia compressiva peroneal comum e revêem a literatura para uma armadilha peroneal espontânea, salientando a importância de um diagnóstico e tratamento rápidos.
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