Shekhina, também escrito Shekhinah, Shechina, ou Schechina, (hebraico: “Habitação”, ou “Presença”), em teologia judaica, a presença de Deus no mundo. A designação foi usada pela primeira vez na forma aramaica, shekinta, nas traduções aramaicas interpretativas do Antigo Testamento conhecidas como Targuns, e foi frequentemente usada no Talmud, Midrash, e outros escritos judeus pós-bíblicos. Nos Targuns é usado como substituto de “Deus” em passagens onde o antropomorfismo do hebraico original parecia susceptível de induzir em erro. Assim, a crença na transcendência de Deus foi salvaguardada. Em muitas passagens Shekhina é um substituto reverencial para o nome divino.
Na literatura rabínica o Shekhina está associado a vários outros termos religiosos e teológicos. Diz-se que o Shekhina desceu sobre o tabernáculo e sobre o Templo de Salomão, embora também se diga que foi uma das cinco coisas que faltavam no Segundo Templo. A glória de Deus que encheu o tabernáculo (Êxodo 40:34) foi pensada como um brilho radiante, e o Shekhina é por vezes concebido de forma semelhante.
Existe também uma afinidade entre o Shekhina e o Espírito Santo, embora os dois não sejam idênticos. Ambos significam algumas formas de imanência divina, ambos estão associados à profecia, ambos podem perder-se por causa do pecado, e ambos estão ligados ao estudo da Torá. Certos teólogos medievais viam a Shekhina como uma entidade criada distinta de Deus (a “luz”, ou “glória” divina).
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