Porque está tão longe do Sol, os astrónomos tiveram dificuldade em medir o tamanho de Plutão. Finalmente acertaram na década de 1980, depois de James Christy ter descoberto um objecto companheiro. Ao observar Plutão e o companheiro, chamado Charon, eclipsando-se um ao outro, mediram o diâmetro de Plutão a cerca de 1.400 milhas — cerca de um terço menos do que o diâmetro da Lua da Terra.

Plutão é basicamente uma bola de nitrogénio congelado, metano e dióxido de carbono enrolada à volta de um pequeno núcleo de rocha. Em média, está mais longe do Sol do que qualquer outro dos grandes planetas, pelo que a sua superfície é amargamente fria.

Quando passa mais perto do Sol, como aconteceu pela última vez em 1989, parte da sua superfície de gelo vaporiza-se, dando a Plutão uma atmosfera fina e fria de nitrogénio e metano. No entanto, à medida que o planeta se retira do Sol, a atmosfera deve congelar e cair à superfície como gelo fresco.

A atmosfera vaporiza e volta a congelar porque Plutão segue uma órbita altamente elíptica, pelo que a sua distância do Sol varia em quase dois mil milhões de milhas. Essa órbita estranha levou a uma discussão animada sobre a origem de Plutão e mesmo a sua classificação. A sua trajectória orbital situa-se dentro do Cinturão de Kuiper, uma região que circunda o reino dos planetas. A cintura pode conter milhões de bolas de rocha e gelo semelhantes a Plutão, incluindo muitas que são quase tão grandes — e algumas que podem ser ainda maiores.

Vista de Novos Horizontes de CharonVista de Novos Horizontes de CharonAstrónomos detectaram água congelada na superfície de Charon, que é diferente da composição de Plutão. Isto sugere que Charon se formou a partir dos destroços de uma colisão entre Plutão e outro grande corpo, que pode ser o mesmo processo que deu origem à lua da Terra.

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