7 formas de a praticar, mesmo que mais ninguém o faça

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p>Há uma superpotência que tento exercer todos os dias. Só sou bem sucedido cerca de 10% do tempo, e mesmo assim esta prática notável ainda cria resultados mais positivos do que qualquer outra coisa na minha vida.

Qual é a superpotência? Restraint.

Vivemos num mundo desenfreado, um mundo que só está a ficar mais alto, mais zangado, e mais caótico. Mas aprendi que o poder e a realização não vêm dos debates que ganhamos ou dos rumores do Twitter que continuamos ou dos problemas que tentamos micromanejar para outras pessoas. Muitas vezes, vem de todas as formas que somos capazes de reter. Eis como aprendi a praticar a contenção.

“Um sabe-tudo é uma pessoa que sabe tudo excepto o quão irritante ele é”. – Demitri Martin

Se for esperto, provavelmente quer que as pessoas o saibam. Embora não deva esconder a sua forma de pensar, há custos em exibir a sua inteligência sempre que tem oportunidade. As pessoas não gostam de ser corrigidas, e não querem um espelho que reflicta a sua própria inadequação.

Se estiver num ambiente de trabalho, siga uma regra do livro de Robert Greene The 48 Laws of Power: Never ofshine the master. Mostrar o seu chefe é uma forma segura de tornar a relação controversa, mesmo que apenas subtilmente. Não estou a dizer que se deve tornar um bajulador; basta ter em mente como e quando se empurra para trás. Em geral, acenar com a sua inteligência no rosto dos outros mostra que lhe falta outro tipo importante de inteligência: a inteligência social. Se a tivesse, compreenderia que deixar as outras pessoas ocuparem os holofotes faz com que se sintam importantes e que elas ligariam o sentimento ao estar perto de si. Em vez de chamar a sua inteligência, deixe-a falar por si própria.

Resistente grupo-pensar

“A loucura é rara em indivíduos, mas em grupos, partidos, nações, e idades, é a regra”. – Friedrich Nietzsche

Mentimos a nós próprios o tempo todo. Uma das principais mentiras que dizemos a nós próprios? Que temos a mente aberta.

A realidade é que cada um de nós junta uma identidade baseada em narrativas que nos foram contadas por grupos a que pertencemos. Não é necessariamente uma coisa má – os seres humanos são criaturas tribais, e o pensamento de grupo pode ajudar as pessoas a fazer as coisas. O problema surge quando nos tornamos incapazes de ter opiniões que se desviam da posição do nosso grupo. É isto que estamos a ver na esfera política neste momento – ninguém está a ceder em nada.

Se for capaz de formar a sua própria visão do mundo – e uma visão legítima criada através do pensamento independente deve conter elementos de filosofias contraditórias – deixará de ser arrastado para concursos de lama. Poderá concentrar-se em melhorar a sua vida e a sua comunidade.

O primeiro passo é simplesmente reconhecer como é difícil formar crenças não manchadas. Isto dar-lhe-á a humildade de adivinhar as suas próprias opiniões. Assim que for capaz de se desafiar regularmente, poderá ver o mundo através da lente da sua individualidade e sentar-se confiante com as suas próprias opiniões enquanto todos os outros discutem.

Parar de se importar com o que as pessoas pensam sobre si

“Quer elogios de pessoas que se pontapeiam a cada 15 minutos, a aprovação de pessoas que se desprezam a si próprias”. – Marcus Aurelius

Querem saber um grande truque para deixar ir as opiniões de outras pessoas? Leia um livro ou veja um vídeo do YouTube sobre o espaço. Neste momento, estou a ler A Brief History of Time de Stephen Hawking.

Aqui está uma passagem que adoro:

O nosso sol é apenas uma das cem mil milhões de estrelas que compõem a nossa galáxia a Via Láctea. A Via Láctea é apenas uma das muitas galáxias do grupo local. O grupo local, por sua vez, é apenas um dos milhares de grupos e aglomerados de galáxias que formam as maiores estruturas conhecidas do nosso universo.

P>Pense agora no seu lugar nesse universo. Porque está tão preocupado com o que vai acontecer ou o que os outros vão pensar quando se é um espaço infinitesimal de existência?

Seguramente, eu preocupo-me com o que as outras pessoas pensam até certo ponto. Você também. Mas quanto menos nos importamos, tanto mais livres somos. Isso é a questão da liberdade – é frequentemente uma consequência do que não se faz.

Pára de culpar os outros

“Se está no teu controlo, porque o fazes? Se está sob o controlo de outra pessoa, então a quem está a culpar? Os átomos? Os deuses? Estúpidos de qualquer maneira. Não culpes ninguém”. – Marcus Aurelius

Se não se apropriar da sua mente, alguém ou outra coisa o fará. Saber que você controla as suas reacções às suas circunstâncias dá-lhe uma fonte de poder que ninguém pode corromper.

P>Pára de culpar. Já ouviu este conselho antes. Porque é que o estou a repetir aqui? Porque é muito, muito difícil. Como a maioria de nós, eu fico zangado quando alguém me ignora ou me trata de forma injusta. Quando as situações não correm como eu quero, começo a sentir pena de mim próprio. Mas se tiver sorte, posso apanhar-me e concentrar-me no papel que desempenhei na situação, e depois sei o que posso fazer para a melhorar.

Pára de esperar pela tua oportunidade de falar

“A maioria das pessoas não me ouve com a intenção de compreender; elas ouvem com a intenção de responder”. – Stephen Covey

Deixe que alguma vez tenha estado numa conversa em que é evidente que ninguém está a ouvir? Onde, enquanto cada pessoa fala, os outros esperam aquele milissegundo de silêncio para saltar?

Quando se é um pouco mais contido nas suas acções – quando se pode recuar do impulso de se fazer ouvir constantemente – torna-se um melhor observador. E quando se torna um observador melhor, percebe-se que se pode avançar mais, fazendo menos.

Se desistir da sua necessidade de saltar imediatamente para a conversa e, em vez disso, ouvir, ouvir realmente, as pessoas gravitarão para si. Abrir-se-ão sobre as suas esperanças, medos, desejos, necessidades, gostos, aversões. Continue a mostrar-lhes que você é alguém em quem podem confiar repetindo-lhes o que lhes disseram, fazendo perguntas que os encorajam a continuar a falar, e realçando as coisas que têm em comum. É assim que faz ligações – não saltando para o debate na primeira oportunidade possível apenas para se ouvir falar.

Pára de deixar que os teus desejos te puxem em todas as direcções

“Aqueles que agem com poucos desejos são calmos, sem preocupações ou medo”. – Buddha

Ambição pode ser boa e necessária. Também pode ser venenosa. Sempre que faço algo que não quero realmente fazer só porque penso que me vai ajudar a obter algo que desejo, sinto-me mal. Sinto-me incongruente com quem quero ser.

Na minha escrita, quando me concentro demasiado nos resultados – o número de artigos que publico ou cliques que recebo – a própria escrita sofre. E começa a sentir-se como trabalho. Para mim, o sucesso só tem vindo do trabalho de que gosto.

Que jogos de status estás a jogar neste momento? Que objectos e circunstâncias estás a cobiçar? Estás a ser controlado por um amor pela entrada ou por um desejo pela saída? Tenho de me lembrar constantemente que posso ser feliz com o que tenho direito neste segundo.

Encontrar o equilíbrio

“O ultraje é como muitas outras coisas que se sentem bem, mas que ao longo do tempo nos devoram de dentro para fora. E é ainda mais insidioso do que a maioria dos vícios porque nem sequer reconhecemos conscientemente que é um prazer”. – Tim Kreider

Quando deixei de passar todo o meu tempo no Twitter, percebi que enquanto twitava com raiva para o vazio, estava a negligenciar áreas da minha própria vida que precisavam de ser cuidadas. Foi uma lição sobre o perigo dos extremos – ao deixar-me sugar de tal forma para a negatividade que perdi de vista qualquer outra coisa.

Existem problemas reais no mundo, mas também há alegria em ser encontrado. A contenção significa criar espaço para esses dois factos na sua mente. Significa atingir o equilíbrio em tudo o que se faz: Concentre-se na sua carreira, mas não faça da sua carreira a sua vida. Seja prudente, mas não fique obcecado com dinheiro. Passe tempo com os seus amigos e família sem se preocupar com os seus problemas. Agarrar-se ao volante da vida dá-lhe a ilusão de que tem o controlo. Na verdade, não tem. Apenas vive.

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